"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda." (Paulo Freire)

segunda-feira, 28 de março de 2011

Texto narrativo: uma aventura de outro mundo

     O texto que você vai ler abaixo conta a história de Alex, um garoto que vive uma aventura de outro mundo...
    
     “[...] Por volta das três da madrugada um zumbido enlouqueceu os cachorros da cidade. Vira-latas e cães de raça uivavam desesperadamente. Pareciam ter escutado vibrações que somente eles captam e os homens jamais percebem. A louca sinfonia canina atravessou as fronteiras de São Paulo e se espalhou em ondas pelas montanhas de Minas.
     Alex viu três objetos do tamanho de grandes helicópteros aterrissarem à sua volta. Não teve dúvida de que se tratava de discos voadores, com design [desenho] parecido com os imaginados pelos artistas de histórias em quadrinhos. Aqueles OVNIs assemelhavam-se a pratos de sopa com as bordas voltadas umas contra as outras. Ao se aproximarem varreram a cerração com rotores especiais, abrindo um círculo de 150 metros de raio.
     Seis estranhos seres, com escafandros branco-acinzentados, rostos escondidos nos capacetes, cercaram Alex. Carregavam, nos cinturões, misteriosos instrumentos. Suas mãos portavam canos grossos, semelhantes a bazucas. Atiraram ao mesmo tempo, e os projéteis acertaram o jovem em cheio.
     Alex teve absoluta convicção de que fora aprisionado por extraterrestres. [...]”
(RANGEL, Paulo. Os semeadores da Via Láctea. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1993.)

Vamos às questões, querido aluno (responda às três no mesmo espaço para comentários):
1- Você acredita na existência de vida fora do planeta? Justifique sua resposta.
2- Em sua opinião, por que os ETs aprisionariam seres humanos?
3- Leia estes verbetes:
Ficção - Criação ou invenção de coisas imaginárias; fantasia.
Ficção científica - Ficção cujo enredo se baseia, em geral, no desenvolvimento científico e nas situações decorrentes de tal desenvolvimento no tempo e no espaço.
(Dicionário Aurélio Eletrônico Século XXI – versão 3.0, novembro de 1999.)
A partir da leitura desses verbetes, é possível deduzir que o texto que você leu é um trecho de uma obra de ficção científica? Por quê?

OBS.1:  O aluno deverá identificar-se, escrevendo nome, sobrenome e turma a que pertence; caso contrário, terá suas respostas excluídas.
OBS.2: Vocês, alunos, têm até o dia 12 de abril para responder a essas questões (no link comentários). Por enquanto, vou manter as respostas em sigilo e só as publicarei mais para frente.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Cric, crec, crás!

    Na semana passada, pedi aos alunos que fizessem um final para o conto "Cric, crec, crás!", de Flávio de Souza. Vamos ver agora alguns desses finais:

     Foi então que a mãe de Pedro olhou para a "coisa" e, muito assustada, desmaiou. Pedro tentou gritar, mas nenhuma palavra saiu de sua boca.
     A "coisa" olhou para ele e foi se aproximando cada vez mais. De repente, Bidogo apareceu e pulou em cima da "coisa", mas atravessou por dentro dela e foi parar dentro do espelho, junto com Pedro.
     Em seguida, a faxineira entrou no quarto com um livro muito velho, com o título "A coisa".
     Ela leu uma página e falou a palavra:
     - Dipasir!
     Com essa palavra, Pedro e Bidogo saíram do espelho, mas, do nada, Pedro acordou e percebeu que havia sido apenas um sonho. Ele ficou muito assustado e começou a pensar no que poderia ter acontecido se continuasse no sonho.
(Louise e Raissa - 703)

     Foi então que Pedro entrou em maior pânico, nunca sentiu tanto medo em sua vida; a presença da "coisa" parecia fazer o terror tomar conta do quarto. Logo, assistiu a sua mãe cair no chão e gritar antes de desmaiar:
     - Socorro, eu não estou sentindo meu corpo! Pedro sentiu que sua mãe não devia ter dito aquilo.
     A "coisa" se aproximou do espelho, seu gato pulou da cama e saiu correndo. O pânico aumentou quando a "coisa" olhou para ele. Era como ele: cabelos louros e espetados, bem magro e bonito. As únicas diferenças eram seus olhos, que eram vermelhos, e sua boca, que tinha dentes bem afiados.
     Pedro olhou para trás para não ver a criatura. Ele se assustou quando viu seu próprio quarto, e tudo que tinha nele naquele momento, menos a "coisa". Lembrou que o espelho refletia o próprio quarto e teve uma ideia.
     Saiu correndo pela porta refletida. E deu certo! Mas não gostou da vista. A faxineira estava morta em cima de uma poça de sangue. Correu até ela e a balançou. A "coisa" chegou, do nada, e, de repente...
     Acordou, assustado. Sua mãe, ao seu lado, também se assustou. E ele:
     - Mãe, amo a vida real!
(Matheus e João Marcos - 703)

     Foi então que Pedro viu que a criatura estava nos braços de seu querido e adorável gatinho, que, de tanto miar, tinha o miado falho. Pedro, assustado, soltou um grito. Nesse exato momento, apareceu a faxineira, gritando:
     - Vamos lá, gente, vamos agitar! Todo mundo para um lado! Todo mundo para frente...
     E Pedro, vendo que a faxineira havia enlouquecido, sua irmã e a amiga haviam morrido, soltou um grito de dor e... acordou!
     - O que foi, filho?
     - Nada, mãe, foi só um sonho. Respondeu Pedro.
(Andressa e Mayara Azevedo - 702)

     Foi então que a faxineira gritou:
     - Me ajudem!
    A mãe do menino saiu correndo e encontrou-a amarrada, de cabeça para baixo, o machado cravado na porta, muito sangue na parede e o gato dentro da pia, morto.
    Em seguida a "coisa" revelou:
    - A casa de vocês foi construída em cima de um cemitério!
    E, na mesma hora, o menino deu um grito muito alto. Sua mãe disse:
    - Acorda, acorda, Pedro! Você está tendo um pesadelo!
    E então ele percebeu que fora tudo um sonho.
(Daniela e Fernanda - 702)